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Samsung Galaxy Fold – primeiras impressões de um smartphone com ecrã dobrável

Os smartphones com ecrãs dobráveis estão a ganhar a sua expressão no mercado. Apesar de muitos protótipos e anúncios feitos, a Samsung com o Galaxy Fold e a Motorola com o Razr 2, são as marcas que realmente deixaram os medos para trás e já têm os seus produtos a circular.

O Samsung Galaxy Fold entra hoje em pré-venda em Portugal e nós tivemos a oportunidade de o tirar da caixa e utilizar durante alguns dias, o suficiente para lhe transmitir algumas das primeiras impressões.


Foi no passado dia 26 de novembro que a Samsung deu a conhecer o seu Galaxy Fold ao mercado nacional. Este modelo destaca-se essencialmente pelo seu conceito. Trata-se afinal de um smartphone cujo ecrã se dobra, dando ao utilizador uma incrível área de visualização. Quase como um smartphone que se transforma em tablet.

Este produto chega a Portugal como uma antecipação do Natal, podendo já ser pré-reservado pelo valor de 2.049,90 €. Por outro lado, o modelo 5G terá um custo acrescido de cerca de 100 €. No entanto, chegará finalmente às lojas apenas no dia 23 de dezembro.

Os ecrãs do Galaxy Fold

Antes de tecer qualquer consideração relativamente ao Samsung Galaxy Fold há que percorrer as suas especificações.

Em primeiro lugar, o Galaxy Fold não tem um, mas sim dois ecrãs. O ecrã de 4,6 polegadas está posicionado na parte frontal do equipamento quando está fechado. Já o ecrã interior, quando aberto, tem 7,3 polegadas.

O ecrã da capa é SuperAMOLED com resolução HD+ e uma proporção de 21:9. Já o ecrã principal tem tecnologia Dynamic AMOLED e uma resolução QXGA+ de (2152 x 1536 píxeis). A isto a Samsung denominou como Infinity Flex Display, o que à letra quererá dizer algo como ecrã flexível infinito.

Um conjunto de 6 câmaras

O Galaxy Fold vem ainda equipado com 6 câmaras. O módulo principal de três câmaras, está colocado na traseira. Depois, ainda na capa, mas na frente, junto ao ecrã mais pequeno, existe uma câmara única. Por fim, ao abrir o Fold, ainda se encontra mais um módulo de duas câmaras.

Câmara traseira
Câmara frontal
Câmara da capa

Adicionalmente, as câmaras oferecem zoom ótico de 0,5 vezes a 2 vezes e zoom digital até 10 vezes. Oferecem optimizador de cenas, sugestões de captura, bem como diversos modos, que vão desde o modo Pro e Panorama, até ao Slow Motion e Hyperlaps.

Em vídeo, na resolução máxima, é possível gravar a 4K a 60fps. O slow motion poderá ir dos 720p a 960fps até aos 1080p a 240 fps.

Bateria para alimentar 2 ecrãs

O Samsung Galaxy Fold vem equipado com uma bateria de 4380mAh. No entanto, o modelo 5G apresenta uma capacidade inferior, de 4235mAh.

Há que referir que a bateria vem equipada com tecnologia de carregamento rápido e sem fios, incluindo o Wireless PowerShare. Através desta tecnologia é possível carregar outros equipamentos Samsung que tenham capacidade de carregamento sem fios.

É possível desde já adiantar que ainda não nos é possível avançar com considerações relativamente à autonomia. Mas é algo que será avaliado aquando de uma análise mais pormenorizada.

Processador, conectividade e outras especificações

O Snapdragon 855 é o processador que equipa o Galaxy Fold. Trata-se, portanto, do processador da Qualcomm de 7 nm, com oito núcleos: 1×2.84 GHz Kryo 485 & 3×2.42 GHz Kryo 485 & 4×1.78 GHz Kryo 485.

De memória RAM oferece 12 GB e de armazenamento interno 512 GB. Vem ainda equipado com eSIM e com slot para nano-SIM.

O Android vem na versão 9.0, com interface de utilizador One UI, desenvolvida pela própria Samsung. Tem ainda Wi-Fi ac e ax, Bluetooth 5.0, USB Tipo-C e NFC.

O Fold vem ainda com uma série de sensores, mas o que mais “surpreende” no meio de tanta tecnologia, é o de impressões digitais. Um simples sensor capacitivo colocado na lateral do smartphone.

Na caixa

O conteúdo da caixa do Fold é bastante completo. Além disso, toda a caixa é reciclável, numa continuada ação de minimizar o impacto ecológico por parte da Samsung.

Assim, dentro da caixa podemos encontrar:

O Samsung Galaxy Fold pode ser encontrado nas cores Space Silver e Cosmos Black.

Construção de Design

O Fold apresenta-se como um smartphone imponente. Toda a sua estrutura acaba por impressionar num primeiro olhar.

Começando por falar de dimensões, é claro que é um equipamento grande e pesado (276 g). Dobrado mede 62,8 x 160,9 x 15,7 mm, No entanto, na zona da dobradiça tem 17,1 mm de espessura.

Já aberto mede 117,9 x 160,9 x 7,6 mm. Como tal, nesta configuração, o ideal mesmo é ser utilizado com as duas mãos.

Ainda sobre esta questão, a zona da moldura do smartphone fica para fora do ecrã 0,7 mm. Tal é necessário para que o ecrã não se toque quando está dobrado.

Na zona da dobradiça, no ato de abrir e fechar é notória uma ligeira força exercida. Portanto, estes gestos deverão ser feitos também com as duas mãos.

Já o ecrã, nesta zona, revela uma clara depressão. É natural que tal aconteça, no entanto, não é propriamente agradável ao olhar.

O ecrã, também devido à sua tecnologia, parece não ter permitido à Samsung a proteção oleofóbica a que estamos já habituados em topos de gama. Portanto, quero com isto dizer, que é bastante susceptível a dedadas (difíceis de limpar). O mesmo acontece com toda a estrutura. Infelizmente, este é um dos aspetos menos positivos a destacar numa avaliação inicial.

Há ainda alguns pormenores de desgin a destacar. A capa traseira é o mais “Samsung” que temos neste Fold. Tudo o resto é um passo à frente. O ecrã da capa fica bastante bem integrado na estrura, mas acaba por causar uma certa estranheza, devido às suas margens demasiado grandes.

Já junto ao ecrã principal, as câmaras colocadas no canto superior direito, protegidas com uma moldura, não perturbam no momento de utilização, mesmo em visualização de conteúdos multimédia.

O desempenho e a experiência de utilização inicial

Para podermos avaliar o desempenho do Fold, no dia-a-dia, é claro que dois dias de utilização não são de todo suficientes. No entanto, nesta primeira abordagem, o Fold revelou-se um equipamento fluido. Além disso, a transição de utilização entre ecrãs também surpreendeu.

Neste momento, ainda foi possível detetar alguns problemas de otimização da interface. Mas é claro, que aquando do seu lançamento, estarão certamente resolvidos.

Ao iniciar uma qualquer atividade no ecrã da frente, ao abrir o smartphone todo o conteúdo passa a existir no ecrã principal. Esta opção é interessante, na medida em que tarefas que exijam ecrã maior ou uma melhor experiência de utilização, não precisam de ser parado e retomados novamente. Por omissão, ao fechar o smartphone, então sim, as tarefas são terminadas, não sendo expandidas para o ecrã da capa.

A experiência com as câmaras também é interessante pelo facto de poderem ser utilizadas em qualquer configuração de utilização. Esteja o smartphone aberto ou fechado é sempre possível tirar fotos com o módulo principal e também selfies.

Os resultados, por alguns exemplos captados, revelaram a qualidade Samsung a que já estamos habituados. Depois no futuro, apresentaremos exemplos concretos.

Ao utilizar o Fold, algo que me apeteceu desde logo ter na mão era uma S Pen… A Samsung habituou-nos mal. Um ecrã desta dimensão, todas as funcionalidades Samsung à disposição, nada melhor que este acessório para aumentar a produtividade de um equipamento de mais de 2000 €.

O Samsung Galaxy Fold já se encontra em pré-venda em várias lojas nacionais e chegará ao mercado no dia 23 de dezembro.

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